O post de hoje é da minha querida amiga Lisane Monteiro, que subiu o Bico do Papagaio, na Floresta da Tijuca e veio contar tudo para a gente !
Há bastante tempo eu estava com vontade de fazer uma trilha no Rio, mas não tinha nenhum conhecido próximo que fizesse e tinha um certo receio de entrar em um grupo desconhecido. Eu já tinha feito algumas em Ilha Grande, mas já tem tempo.
Finalmente achei uma pessoa próxima que há alguns meses participa de um grupo de trilha e me convidou para subir até o Bico do Papagaio + rapel.
– A trilha foi feita com a empresa Pé Na Trilha RJ. Mais informações no site deles.
O grupo (20 pessoas) foi super-receptivo e é formado por gente experiente, intermediária e iniciante. Os iniciantes são tratados com carinho e não rolou aquela falta paciência com quem está começando, a lá Suzana Vieira. Fofos!
O ponto de encontro foi na Praça Afonso Viseu, no Alto da Boa Vista, de onde caminhamos por 1h até a subida para a trilha. Também é possível ir de carro até lá, onde tem estacionamento e um guarda que faz o controle dos visitantes. Ao longo deste percurso tem 2 banheiros (mal conservados).
A trilha para o Bico do Papagaio é considerada difícil, 2,345 m. Eu achei pesada, tem que ter um preparo físico razoável. Faço musculação e corrida regularmente (ok, as vezes falto para tomar um chope depois do trabalho) e em alguns momentos sentia que devia me dedicar mais aos exercícios aeróbicos. As pernas e a parte respiratória são bem requisitadas, mas consegui acompanhar o grupo sem reclamar nem pedir para parar. Uhull!
A trilha é no meio da mata, a maior parte na sombra e tem sinalização. O percurso, que durou cerca de 1:30h, é quase todo íngreme e, do meio para o final, tem muitas pedras para subir.
Ao chegar lá em cima estava bastante movimentado, mesmo com esse grau de dificuldade. A galera tirava milhares de fotos (me incluo nessa) e lanchava. Por falar em lanche, não vi nenhum lixo jogado, o povo está consciente sobre preservação. Amém!
Além da trilha e das milhares de fotos, ainda rolou uma descida de rapel de 20m. Instrutores coordenavam as descidas e conferiam se os equipamentos de segurança estavam corretamente instalados. Eu não pretendia descer de rapel, mas acabei indo e foi bem legal. o instrutor desceu comigo dando as orientações (graças a Deus, se não estaria empacada na pedra até agora!). Ao chegar lá embaixo uma tremedeira danada na mão. Ufa! Para retornar ao local de onde desci, foi preciso subir uma pedra bem alta (tive que ser puxada, rs) e depois passar agachada por uma fenda na rocha. Foi uma boa emoção.
Como estava com pessoas com uma certa experiência, fui orientada a levar água (bastante), protetor solar, repelente, comida (frutas, sanduíche e barrinhas de cereais vão muito bem), boné e óculos escuros. Foram bastante úteis. Levei também um casaco, que só usei no final da tarde (mas é sempre bom ter) canga e uma bermuda extra que não usei. Pena não ter cachoeira pelo caminho em que se possa tomar um banho.
A descida da volta levou cerca de 1h, a parte onde tem as pedras é mais perigosa, e para não cair tem que descer devagar. Depois é só alegria mata abaixo (pra descer os santos ainda ajudam)! Saindo da trilha, retornamos andando ao ponto inicial, na Praça Afonso Viseu, onde paramos para brindar esse dia especial e comer algo, porque ninguém é de ferro!
A galera fez um vídeo, que mostra um pouco mais de tudo:
Amiga, muito obrigada pelo seu relato. Ainda bem que você fez a trilha antes de mim… eu fico com as fáceis ! :p
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